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Conforto em quatro patas: cães ajudam crianças vítimas de violência em fórum de Anastácio

Animais dão apoio emocional e humanizado a crianças e adolescentes vítimas de crimes graves, durante depoimento especial em Fórum de Anastácio (MS). Projet...

Conforto em quatro patas: cães ajudam crianças vítimas de violência em fórum de Anastácio
Conforto em quatro patas: cães ajudam crianças vítimas de violência em fórum de Anastácio (Foto: Reprodução)

Animais dão apoio emocional e humanizado a crianças e adolescentes vítimas de crimes graves, durante depoimento especial em Fórum de Anastácio (MS). Projeto acolhedor já tem dado resultados, segundo juiz Luciano Beladelli. TJMS Para dar suporte emocional e acolhimento mais humanizado às crianças e adolescentes vítimas de crimes graves, a Justiça de Anastácio (MS) tem usado cães durante depoimento especial no Fórum. O projeto ‘Patas que Acolhem’, em parceria com o Canil da Polícia Militar de Aquidauana, é uma ação inédita em Mato Grosso do Sul idealizada pelo juiz Luciano Pedro Beladelli. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Segundo o magistrado, no canil já existiam cães adestrados que atuavam com pessoas com deficiência. A partir daí surgiu a ideia de ampliar a atuação dos animais, especialmente para dar apoio a vítimas em situação de extrema vulnerabilidade emocional. Futuramente, o projeto pretende atender também mulheres vítimas de violência doméstica. “Queremos que o Fórum de Anastácio seja não apenas um espaço de Justiça, mas também de acolhimento e dignidade”, afirma o Beladelli. Ainda conforme o juiz, o depoimento especial é um momento delicado, pois é quando a criança ou o adolescente precisa reviver os fatos para relatá-los a um profissional capacitado, em uma sala própria e sem a presença direta do juiz, promotor ou advogados. “O sofrimento é visível. Muitas choram, entram em crise, e é preciso interromper o depoimento para que se recomponham. É um processo necessário, mas extremamente doloroso”, relata o magistrado. Patas que Acolhem O projeto é uma alternativa de acolhimento. Se a criança informar que gosta de animais e desejar a proximidade com os cães naquele momento, ela é levada até uma sala preparada para o encontro com o cão. O que pode auxiliar na construção de confiança entre a vítima e o entrevistador. “A criança interage com o cão, sorri, se sente mais segura. O policial militar acompanha todo o tempo. Depois disso, ela segue para a sala do depoimento”. A medida tem mostrado resultados. “Já no primeiro atendimento, com seis crianças, foi visível a diferença. Elas saíram menos tensas, mais tranquilas. Uma delas chegou a dizer que queria que o depoimento acabasse logo para brincar com o Bart, um dos cães. Isso é muito significativo”, ressalta Beladelli. Também há a preocupação com o cuidado com os animais. Eles atuam em ambiente climatizado, com tapetes, cortinas e espaço para descanso. Têm pausas para alimentação, hidratação e necessidades fisiológicas, tudo sob acompanhamento dos policiais do canil. “Não são brinquedos nem ferramentas. São parceiros vivos, sensíveis, que merecem o mesmo respeito com que acolhem nossas vítimas”, afirma Beladelli. O ambiente criado, segundo o juiz, é confortável, acolhedor e respeitoso. “As crianças interagiram muito bem. Algumas sentaram no chão com o cão, outras deitaram sobre os tapetes. Apenas uma ficou mais receosa, mas mesmo assim conseguiu se aproximar. Foi um ambiente bonito de se ver, muito humano”. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

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